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terça-feira, 27 de março de 2007

Substâncias da Conspiração

Como traduzir em palavras o que se sente?

Sem saber sentido de coisa nenhuma.
Nossas escrituras sem serem exatas...
Juntadas de coisas adquiridas.

Essa massa é de barro bom.

Sagrada como a criação contada.
Que não vem de molde nem da lama,
Nem de costela que a ignorância arranque.

Não foi transa de marte nem Vênus de desejo.

Vem do surgimento natural do mundo.
Mistérios gozosos do Kria.

Mas, como ela faz pra criar?

Monta a terra pro seu pacote fértil...
Na corrida da água pelos seus minerais.

O caminhar não indica o andar da construção.

É ar, inspiração que bombeia.
Brotou com o fogo que te fez semente.

E o reflexo fica entre o fazer,
Num tempo espaço de escolher respostas.
Espontâneo, saboroso, impulsivo...

E o não fazer,
Numa linha espaça de escolher dispostas.
Certa, arrependida, contemplativa...

Num rito modo de celebrar.

A expressão é a liberdade desenfreada da língua viva.
Move a arte.

Procuro um nome àquela trajetória do pensamento...

Onde a clareza existencial intenta,
Produção de inesplicavel razão.

Por isso a criação é tão falada.
Evolui sem espera sem jejuar sem orar...

Sem alcance compreendido por olhos,
Ou entendido por palavras.
Está esmiuçada dentro da alma.

Somos substâncias da conspiração!

Tão desentendida e para seres bem.
Servos de vida que ao menos a tem.

Um comentário:

  1. O palavriado...
    Tamanha força...
    Tremenda, sacudida, espantosa e arrepiadora de se passar.
    Palavras poderosas...
    Pensar... Escrever para que todos saibam.

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